Começo antes de mais por responder aos caríssimos colegas que têm acompanhado este blog, o que muito me honra e é claramente um sinal de que finalmente a comunidade dentária finalmente se voltou para o mundo da internet; o mesmo é dizer: para o contemporâneo.
Algumas das observações feitas foram de natureza crítica, o que acho ser muito positivo e acima de tudo para mim, um homem dedicado à ciência e aos seus avanços, natural. De que outra maneira se atinge evolução senão pondo em causa as concepções dos outros e as próprias sem constragimentos?
Contudo, insinuar má prática e ignorância é já uma outra aproximação à mesma realidade, especialmente num espaço de vertente "pública" como é a blogosfera. Não é pretendido nesta publicação discussão sobre a abordagem do médico dentista ao paciente, mas sim a discussão construtiva e informativa para o paciente. Mas enveredarei também pela primeira de modo pontual, se quiserem.
Acredito que tudo o que aqui escrevi é válido e se nalguns casos poderei apontar imediatamente fontes que me apoiam as palavras, noutros infelizmente essas fontes encontram-se ainda por publicar. Todos os ilustres colegas sabem da natureza das publicações científicas (eventualmente alguns não estão tão familiarizados com as mesmas) de cariz sobretudo comercial. O mesmo é dizer, caros leitores, que só se publica aquilo que tem interesse para determinadas empresas corporativistas, como a indústria que está por detrás dos agentes branqueadores, como exemplo.
Continuarei pois a manter a vertente informativa e independente desta publicação que, sim, é dirigida sobretudo aos pacientes (mas a vossa participação será sempre bemvinda!). Como os colegas concordarão, é inadmissível que no ano de 2008, a informação dentária direccionada para a população geral difundida pela internet em Portugal seja deveras escassa, ao contrário de outros países.
DF
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2 comentários:
A teoria da conspiração:
O Dr. Duarte Frazão aplica à medicina dentária uma abordagem muito antiga e conhecida que se consiste em assumir o papel de salvador que vem denunciar os interesses corporativistas e vem divulgar as suas teorias repletas de verdade e justiça imaculada. A verdade é que isso tem sempre mercado entre os leigos, e o publico em geral é leigo e não tem obrigação nenhuma de se informar a ponto de ter espírito crítico em relação ao que escreve.
O Dr. Duarte Frazão é a versão da medicina dentária que diz que as doenças são inventadas pelos laboratórios para vender medicamentos, é como as pessoas que dizem que o homem nunca foi à lua ou que o Hitler não morreu. É o Jornal do Incrível em versão medicina dentária.
Em relação aos colegas, acho que nada disto é grave, porque algumas das coisas que aqui escreve são tão disparatadas que dão vontade de rir. A mim, o que me preocupa são os pacientes que possam ler isto e acreditar que a cárie é independente da dieta e da higiene, que os implantes têm 100% de sucesso e são independentes de factores de risco, etc.
Uma última nota...Quando se escreve em algum lado na qualidade de médico dentista, há uma responsabilidade social que vai para além da discussão técnica. Quando escreve que "há 100% num paciente toxicodependente, diabético, vendedor da revista Cais" está a colar esteriótipos aos vendedores da revista Cais que são injustos. Ou será que para si, ser vendedor da revista Cais é uma doença?!Diga isso aos seus amigos,mas mostre mais respeito quando escreve na qualidade de médico dentista.
S.
"...e o publico em geral é leigo e não tem obrigação nenhuma de se informar a ponto de ter espírito crítico"
Ora é precisamente isso que pretendo mudar!
Quanto às outras observações, de carácter insultuoso, ao qual infelizmente já estamos todos habituados a ler no espaço dos "comentários" em todos os blogs ou jornais digitais, que não tenham nada a ver com o post ao qual se está a responder, escuso tecer quaisquer observações. Isto é, encontro-me disponível para discutir percentagens de sucesso na área de implantologia apenas no respectivo post. É com essa política que se poderá evitar o risco de "salganhada".
Obrigado pela participação, S.
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