domingo, 6 de janeiro de 2008

Os implantes dentários

Vieram da Suécia para substituir os dentes estragados das pessoas, mas farão as vezes das seculares próteses removíveis? É o que me perguntam com insistência diária, quase.
A técnica de colocação de implantes tem vindo de facto a evoluir de maneira impressionante: se dantes aconselhava-se um período de adormecimento do implante (enroscado no osso de maneira extremamente cautelosa) prévio à colocação do dente propriamente dito (a coroa), hoje em dia há pessoas da escola do Paulo Maló que acreditam ser possível fornecer as coroas ao mesmo tempo, até quando se trata da dentição inteira.
Ora bem, onde me situo eu nesta matéria? Do lado da ciência, caros leitores, da ciência.
E o que nos diz ela? Que os implantes são a melhor alternativa possível a qualquer tipo de edentulismo. As taxas de sucesso (na minha prática) actualmente rondam os 100%; a técnica cirúrgica é indolor; os efeitos secundáios inexistentes; probabilidade de rejeição: nula; contra-indicações: não se conhecem.

Mas e os fumadores e diabéticos e portadores de HIV? Dir-vos-ei que os hábitos de cada um são totalmente independentes à sobrevivência dos implantes. A improbabilidade de falhanço implantar tanto acontece com os fanáticos das escovas de dentes como aos vendedores diabéticos da revista Cais. E porque é que isso acontece? Por que é que as pessoas que perderam os dentes todas por causas infecciosas não perdem os implantes? A resposta é simples: porque as bactérias que atingem uns e outros não são as mesmas.

Portanto, aquilo que os leitores têm ouvido nos consultórios que a colocação de implantes requer especificidade individual... é ignorância, apenas.
Os implantes dentários são a maior revolução na reabilitação médica, e no Brasil já recorrem tantas pessoas a eles quanto às que recorrem aos implantes mamários (na proporção do universo feminino, obviamente).

Se tiverem outras dúvidas relacionadas com este tópico, sintam-se à vontade para perguntar!

DF