terça-feira, 27 de novembro de 2007

Congresso OMD

Mais um congresso da Ordem dos Médicos Dentistas se passou e mais uma vez considero que seja de lamentar o facto de alguns dentistas de relevo na sociedade terem sido rejeitados pelo comité científico. Mas estive lá e acho que é importante o público em geral ter conhecimento do que o que se passa no congresso mais importante do ano na área de Saúde Oral, tema este tradicionalmente vedado à população leiga.
Ora digo-vos aqui que nada de especial se passou por lá. No primeiro dia, alguns dentistas portugueses, associados a faculdades (o que é mau sinal,
per se), expuseram o que eu chamo de redundância científica, tirando académicas pomposas conclusões daquilo que outros fazem diariamente desde há anos para cá, como por exemplo o Paulo Maló e eu próprio. Resumindo, a nata do academismo borgesso do nosso país.
Seguiram-se nos dias seguintes as apresentações mais interessantes do Mauro Fradeani, dentista italiano, muito conhecido por ter também inventado o
bistecco parmegianno, e que soprou umas ideias e conceitos audazes, e do Spreafico, também italiano, do qual pesquei umas boas dicas, embora a sua ideia geral foi a de que a Medicinia Dentária terá hoje em dia atingido o seu apogeu máximo, o que discordo substancialmente.

A ideia essencial que quero que o leigo leitor retenha é a de que hoje em dia esta área está próxima da estagnação intelectual, os dentistas continuam a usar tecnologias e métodos desenvolvidos até metade dos anos oitenta: a partir daí a evolução foi quase inexistente. Deixou de haver audácia, arrojo e principalmente clarividência. Os académicos de Portugal limitam-se a exibir os seus títulos nas placas dos consultórios, sem contribuir em nada para um verdadeiro desenvolvimento.



DF

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